segunda-feira, 14 de julho de 2014

Azul

Azul em todas as tonalidades
Notas em todos os tons
Céu imenso em escuridão
Lua a nos observar
Ora escancaradamente
Ora de relance - escondida
Entre os ramos das árvores
Ou entre nuvens perdidas.
 
Silêncio, daquele que nos acalma
Em ruídos serenos da maré
Preenchendo cada espaço d’alma
De extremidade a extremidade de um abraço
Num laço apertado que se faz entre nós.
 
Feito canção lírica
São suas palavras em meu ouvido
Em todas as línguas
De francês e finlandês
À boca que recita em prosa.


Ayllane Fulco


segunda-feira, 17 de março de 2014

Sofrimento opcional


Hoje morreu um pouco de você em mim
Talvez amanhã esse pouco se refaça
Mas não vai tardar muito para se desfazer
E mais uma vez renascer...
É que já vi essa história antes
Uma espécie de sofrimento opcional
Em que me apego tão facilmente
À troco de nada.
 
Amanhã talvez eu já esteja bem
Esqueça-me da raiva
E transforme-a em descaso.
 
Mas uma coisa é certa
Essa história eu já vi antes
E já sei até qual é o final.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Há um coração

Não quero um amor qualquer
Partes de uma ilusão
Nem tão pouco as migalhas
Caídas no chão.
 
Não quero algo fugaz
É que há um espaço
Aqui dentro de meu peito
Que bate e lateja.
 
Há um coração que sente
Que vive intensamente
Esperando um grande amor
Que já não aguenta mais tanta ilusão.
 
E fora dele há uma mulher
Que já não se rende mais
Às coisas supérfluas
De antes.