Que se recusaram a enxergar
É com esses mesmos olhos que choro
Que lastimo minha insensatez.
Como pude confiar em retalhos?
Entregar-me ao desespero tão silenciosamenteFazer um santuário com teu nome.
Ser ingênua ao ponto de culpar-me por teus erros
De aceitar tuas súplicas de “amor”Entreguei-me ao luxo da ignorância.
Com uma venda em meus olhos o recebi
Fui andando desajeitado
Tropeçando no escuro
E caí. Caí feito pedra ao mar, afundei.
Afundei em tuas palavras
Afundei na confiança que entregueiAfundei em meus passos
Afundei em mim mesma.
Peço-ME desculpas
Por ter enfrentado o universoTer aberto mão de meus princípios
E entregue minha vida em tuas mãos.
Ayllane Fulco
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