Compõe uma lírica sem nosso consentimento
Fingi que é dono de si
Contrapõe-se à realidade
E faz dos sonhos uma busca.
O amor afoga-nos em melancolia
Faz de um momento a vida
De si mesmo a vida
Que quando não correspondido
Orgulhoso, nos atira em desespero.
Amor:
Por que há de ser tão egoísta?
Por que não bate na porta primeiro
Ou espera ser convidado?
O amor no fim arranca suas raízes
Deixa marcas profundas no solo
Alagando-o com as lágrimas.
Qual o sentido do amor?
De que adiantam momentos primaveris
Se no outono as pétalas hão de cair.
Amor, amor, perdição.
Amor, amor, ilusão.
Amor, amor, egoísta.
Só te faço um pedido: afasta-se de mim!
Ayllane Fulco