Tu que me soa tão convidativa
Para deitar-me eu teu leito
Esse macio, profundo e sereno.
Chama-me pelo nome
Tentando desviar meus pensamentos
Esses que me assolam pelos cantos
Perfura meu âmago.
Querida companheira
Que me visita nas noites frias
As nossas conversas silenciosas
Ora coragem, ora um adeus.
Mas pode entrar
Ela sabe que não precisa de convite
Nem mesmo de permissão
Entra pela porta sem bater.
Vejo-a sem surpresa
É como um suspiro guardado
Aquele último que permanece
Tão sereno em minha garganta.
E mais uma vez ela se vai
Cabisbaixa, triste pelos cantos
Resmungando que sou teimosa
Que insisto, ainda, em sofrer.
Ayllane Fulco
(Poema inspirado por uma pessoa próxima a mim)
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