sábado, 16 de julho de 2011

Decomposição

Estou em decomposição
Ninguém vê meu estado
Nem ouve o meu choro
Lembranças são como enzimas
Aceleram o meu processo de decompor;

Por favor, guardem suas hipocrisias
Não me façam cometer o pecado do desamor
Eu, rio perante chuva
Engulam suas palavras tortas
E não demonstrem afeto.

O meu desejo não é efêmero
Quero fugir velozmente
Surgir em dimensões nunca vistas
Serei como a teoria das cortas
Teoria. Nada certo.

Não me prendam em suas míseras observações
Não enjaulem os meus sonhos como brisas de pensamentos teus.
Sou ventania à procura de chuva, tempestades
Quero provocar o espanto e admiração
Aqui não é o meu lugar, e ai de quem prender-me.

Suas palavras de maldição me farão surgir
Transcriptase reversa
Estou em decomposição
Depois restará apenas a ressurreição (ressurgir)
Estrela morre, mas deixa o seu brilho por anos.

Ayllane Fulco

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