E de destruir em curto intervalo de tempo?
Quem dos dois jogou uma pedra ao mar
Apenas para vê-la afundando?
Quem dos dois deitava-se e dormia resignado
Adaptado, sem desejo de mudança?
Sou eu tão solta de mim
Que mal posso prender-me a algoAcabo sentindo dispnéia
Por isso, perdoe-me por minha ousadia
De querer mais do que me oferece
Amar (e sofrer), sentimento que tenho medo.
Desejo a imunidade aos sentimentos
Prefiro ficar fora-de-mim à prender-me-a-algoPor que minha vida corre feito rio
Não pode ser contida, ou ter forma definida
Água pura, que sai da fonte, sem devaneios
Sem reparos ou conformidades.
Meu bem, desculpa por meu egoísmo
As palavras tortas e arrogânciaSão traços meus mal esculpidos
Moldados em uma alma frígida
E uma carcaça que engana.Sofro mutações
Nunca, momento algum, sinta certeza sobre mimPosso ser um rio, não ser contido, ou
Posso ser uma escultura, moldada, de fundo vazio.
Ayllane Fulco
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