quinta-feira, 28 de junho de 2012

Alice

      Alice, menina desajeitada e inocente, estava entregue a qualquer destino, o que a levasse primeiro. Fora andando sozinha pelo mundo, até que avistou algo hipnotizante que lhe despertou interesse, era tão lúcido como areia movediça. Aquilo atraía pensamentos, mistérios que assolavam a menina curiosa, que corria desesperadamente, sentindo seu coração palpitar veloz junto com sua respiração ofegante. Havia uma fenda entre a menina e o seu desejo, que devido a sua falta de atenção ou pela perca de reflexo, a fez cair. E foi caindo no escuro, contornando-se por adjetivos quaisquer que lhe era imposto, aproximou-se do chão, até que sentiu seu corpo fadigado tocá-lo. Com as mãos trêmulas tocou seu rosto e eis que algo havia mudado, tocou as vestes e a alma e percebeu que já não era mais a mesma menina desajeitada e inocente de outrora.

Ayllane Fulco

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