sexta-feira, 27 de julho de 2012

Dois

Incomuns, isolados
Dois estranhos vagando em extremidades
Desconhecidos passos se cruzam
Sonetos são formados, lírica!
Eis que a íris se ilumina
Arranjos e melancolias, eis o amor.

Tropeçados sons, sonetos, etos
Que latejam ao mencionar seu nome
Aflora o ímpeto desejo
O lampejo dos dourados sinos que soam
A intacta ousadia dos poetas que amam.

A vigor do Beija-flor
Em sua busca exacerbada
Voando em solidão
Vagando pela pétala almejada
Faz-me lembrar do poeta
Em busca de sua amada.

Abram as passarelas
Deixem o caminho vago
Pois o mais belo há de preencher
Aquele apertado espaço
Entre alma e sino: o coração
Trazendo o pulsar de viva
Água pura em sujas mãos.


Ayllane Fulco

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