Olhos d’água
Sempre perdido em sua distração
Retorcido em sua timidez
Âmago fadigado
Efêmero desejo
E depois, mais nada.
Olhos indiferentes
Dissimulam o emanar de luz
Cabisbaixo, em sombras
Desviando atenção
Luxo de antíteses passageiras
Paráfrases de ironia.
Piscando o cisco antigo
É feito parasita
Faz banhar lágrimas compulsivas
Traz sempre à memória o dia que se alojou
Diacho! Que não cessa!
Ai se tu soubesses do lago
É sempre escuro e vazio
Colocando os olhos, sem reflexo
É sempre perturbador
Tentativa vã, frustração.
Ayllane Fulco
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